Uma pesquisa da Unicamp comprovou que o esmalte dos dentes também apresenta algumas marcas que são únicas para cada indivíduo, e, por isso, podem ser uma alternativa de identificação humana.
O esmalte dos dentes é formado por camadas de prismas em direções alternadas. Essas camadas formam as Bandas de Hunter-Schreger (HSB) que, quando vistas sob uma luz lateral, aparecem como faixas claras e escuras sucessivas, formando uma espécie de "impressão digital".
A descoberta foi feita pela cirurgiã-dentista Liza Lima Ramenzoni e deu origem a sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp.
A pesquisa é inédita no campo da histologia (ramo da biologia que estuda a estrutura microscópica normal de tecidos e órgãos).
O interesse pelo assunto surgiu depois de Liza ler um estudo publicado na revista Journal of Vertebrate Paleontology. O estudo mostrava que as tais Bandas de Hunter-Schreger de mamíferos pré-históricos, que viveram há 60 milhões de anos, estavam preservadas.
Muitas pessoas poderiam se perguntar qual é a vantagem de tudo isso, já que os exames de impressão digital e DNA chegam ao mesmo resultado. A vantagem é que a análise da impressão dental é bem mais barata, já que pode ser feita em qualquer consultório dentário, com equipamentos comuns. Sem contar o fato de que ela é mais rápida também, o resultado sai na mesma hora, enquanto um exame de DNA pode demorar até uma semana. No Brasil, cerca de 90% dos exames de reconhecimento feitos no Instituto Médico Legal (IML) são feitos através da impressão digital.
Para começar a por em prática, porém só há um problema: para que os reconhecimentos possam ser feitos através da impressão dental é preciso criar um banco de dados, igual a aquele feito quando se tira o RG, o que ainda não tem previsão.
[Fonte de Pesquisa - Leia a matéria completa em PortalOpen]
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