8 de janeiro de 2013


CHUPETA - VILÃ OU AMIGA?




Assim como as fraldas, o carrinho de bebê e outros apetrechos que fazem parte do universo das crianças pequenas, a chupeta também deve ser deixada para trás. Mas saber o momento certo de abolir a melhor amiga da calmaria em casa, é uma dúvida unânime entre os pais.
“Os bebês gostam da chupeta porque saciam assim o instinto natural de sucção. A única situação em que há indicação do uso da chupeta é se o bebê mostrar preferência pela sucção do dedo”, explica a fonoaudióloga Cláudia Sordi-Ichikawa.
Para ela, que desenvolve projetos de pesquisa com bebês há mais de 10 anos, uma das maneiras de inibir o uso da chupeta é prolongar o período de aleitamento materno, ou seja, deixar que o bebê sacie essa vontade de maneira natural e não prejudicial.
Tanto a chupeta quanto o dedo são nocivos ao desenvolvimento dos dentes da criança e são contra indicados. “O uso prolongado de chupeta prejudica a fonação e dentição. Os dentes tendem a ficar mais protruídos (para frente) e o selamento dos lábios pode ser afetado”, afirma a dentista Maria de Lourdes Delman, de São Paulo.
Outro fator prejudicial da chupeta é que, com o passar do tempo, ela pode se tornar um vício para a criança. Cláudia, que atualmente coordena a área de Fonoaudiologia do Projeto de Extensão Bebê Clínica Unopar, em Londrina, no Paraná, indica que os pais não deixem a criança aprender a pedir a chupeta. “O mais efetivo é a retirada antes de um ano, com sucesso em mais de 80% dos casos e sem causar estresse familiar”.

Depois disso, a coisa fica complicada. O motivo da resistência é exatamente a demora em se livrar da tão amada chupeta. A criança viciou e, agora, sem ela é choro na certa. Como não tem noção do que é bom ou ruim, cabe aos pais desses pimpolhos tomarem a iniciativa de jogá-la fora para sempre.
O momento de oferecer a chupeta não é tão importante quanto o de retirá-la. E os pais precisam se empenhar tanto quanto os filhos. Devem fazer com que eles esqueçam a chupeta e, quando pedirem, podem oferecer outra coisa. Dizer que eles estão crescendo e vão “ficar fora de moda” se continuarem com a chupeta também pode ajudar, assim como elogiar sempre que conseguirem fazer outra atividade em troca de não utilizá-la.
Não esqueça que a saúde e o bem estar das crianças dependem muito das decisões que os pais tomam quando os filhos ainda não podem tomá-las sozinhos.


Fonte: vilamulher.terra.com.br

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